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ConflitosSudão

Sudão: Membro da ONU reúne-se com fações na Arábia Saudita

Lusa
7 de maio de 2023

O chefe dos Assuntos Humanitários da ONU está na Arábia Saudita, país que acolhe as negociações para um cessar-fogo no Sudão, para discutir a escalada de catástrofe social no país em conflito.

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UN-Nothilfekoordinator Griffiths
Foto: Martial Trezzini/KEYSTONE/dpa/picture alliance

"Martin Griffiths está em Jeddah e o objetivo da sua visita é discutir questões humanitárias no Sudão", confirmou a porta-voz do escritório de Assuntos Humanitários, Eri Kaneko.

Em meados de abril, as Forças Armadas do Sudão e as Forças de Apoio Rápidoentraram em confronto armado violento que já provocou 700 mortos, 5.000 feridos, 335 mil deslocados e 115 mil refugiados. 

Segundo a Arábia Saudita, emissários destas duas fações estão atualmente em Jeddah para discutir a possibilidade de uma trégua que permita um melhor acesso à ajuda humanitária.

Em Jeddah, Martin Griffiths deve reunir com esses emissários, à margem das negociações realizadas sob a égide da Arábia Saudita e dos Estados Unidos.

Sudan Khartoum | Humanitäre Hilfe aus Kuwait trifft im Sudan ein
Prevê-se que Griffiths se reúna com emissários à margem das negociações realizadas sob a égide da Arábia Saudita e dos Estados Unidos (foto ilustrativa)Foto: Ibrahim Mohammed Ishak/REUTERS

"Bom relacionamento"

A Arábia Saudita - que tem participado nas operações de retirada de estrangeiros do Sudão - assumiu a posição de mediador, tirando proveito do bom relacionamento com ambas as fações.

Contudo, responsáveis norte-americanos e sauditas asseguraram hoje que, apesar das tentativas de tréguas, nem o exército, do general Abdel Fattah al-Burhane, nem as Forças de Apoio Rápido, do rival general Mohamed Hamdane Daglo, parecem estar dispostos a depor as armas.

A prioridade para a as Nações Unidas, e um dos propósitos da deslocação de Griffiths à Arábia Saudita, é evitar a escalada de uma catástrofe humanitária. 

Um terço da população já passa fome, mas segundo a ONU, mais entre 2 e 2,5 milhões de sudaneses poderão sofrer de desnutrição aguda dentro de seis meses, caso o conflito prossiga.

Sudão em pé de guerra civil