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Eleições: "É impossível fazer fraude na Guiné-Bissau"

7 de junho de 2023

À DW, Baciro Djá, líder da FREPASNA, assume a derrota nas eleições e diz que já todos sabem que houve um partido que ganhou com maioria. Agora, apela ao Presidente da República que aceite a vontade do povo.

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Baciro Djá, líder da Frente Patriótica Nacional (FREPASNA)
Foto: picture-alliance/dpa/L. Fonseca

Em entrevista à DW, o líder da Frente Patriótica Nacional (FREPASNA), Baciro Djá disse que o seu partido perdeu as eleições legislativas de domingo.

O antigo primeiro-ministro guineense avança que há um partido que obteve a "maioria" dos assentos no Parlamento e espera que o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, em nome da estabilidade, respeite a "vontade expressa pelo povo nas urnas de forma inequívoca".

Baciro Djá foi primeiro-ministro entre 20 de agosto e 17 de setembro de 2015, e mais tarde, entre 27 de maio e 18 de novembro de 2016.

DW África: Que balanço faz da votação de domingo na Guiné-Bissau?

Baciro Djá (BD): Saímos de mais uma eleição e, desta vez, espero que possamos ter tranquilidade e paz, para lançar o país rumo ao desenvolvimento. As eleições decorreram com normalidade, e o povo guineense está de parabéns, pela sua capacidade de organização.

A Guiné-Bissau é um país com um sistema de eleições transparente. É impossível fazer fraude no nosso sistema eleitoral, porque todo o partido organizado já tem os seus resultados. Todo o mundo sabe quanto obteve e quais os mandatos que o povo lhe concedeu.

Há um partido que ganhou com maioria e esta maioria é uma expressão inequívoca do povo. Portanto, temos de respeitar a vontade expressa do povo nas urnas.

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DW África: Pelos dados que tem, esse partido conseguiu uma maioria absoluta ou relativa?

BD: Há uma maioria. Nós não podemos anunciar esses dados. Isso compete unicamente à Comissão Nacional de Eleições. Mas sabemos que fomos derrotados e há um partido que ganhou com maioria.

DW África: Acha que é desta que o país vai dar o salto rumo à estabilidade?

BD: Acredito que sim. E aqui chamo a atenção do Presidente da República, que é também o presidente em exercício da CEDEAO e da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana.

Além disso, é um Presidente que recebeu muitas medalhas de condecoração, fez mais de uma dezena de visitas de Estado, e deve assumir a responsabilidade política, nacional e internacional, de aceitar a vontade expressa, inequívoca do povo, que deu a maioria a um partido. E deve nomear o cabeça de lista desse partido como primeiro-ministro para podermos tirar o país da situação económica difícil em que se encontra.

Já sabemos das dificuldades na comercialização da castanha de caju. No ano passado, foram 50 mil toneladas; este ano, não saiu nenhuma tonelada. Portanto, economicamente, os momentos vindouros na Guiné-Bissau serão muito difíceis. 

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