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Eleições em Moçambique: STAE defende reformulação logística

Lusa
23 de março de 2024

Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) de Moçambique defende mudanças logísticas no recenseamento eleitoral em zonas afetadas pelo terrorismo e intempéries.

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Foto: Delfim Anacleto/DW

O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) de Moçambique defendeu reformulação do plano logístico do recenseamento eleitoral para as eleições gerais em áreas afetadas por intempéries e terrorismos.

 "O STAE ainda não conseguiu colocar as brigadas nos distritos de Quissanga e Ibo (na província  de Cabo Delgado, afetada pelo terrorismo)", declarou o diretor jurídico do STAE, Lucas José, na sexta-feira (22.03), em conferência de imprensa de balanço da primeira semana de recenseamento para as eleições gerais de outubro em Moçambique.

Em causa está a insegurança provocada pelos ataques terroristas que desde 2017 afetam aquela província do norte de Moçambique, incursões que ganharam vigor nos últimos meses em direção ao sul de Cabo Delgado, após um período de relativa estabilidade. 

Segundo o STAE, as autoridades moçambicanas equacionam recorrer a meios aéreos e marítimos para cumprir as metas de registo nas áreas afetadas pelo terrorismo.

O terrorismo em Cabo Delgado já provocou milhares de deslocados
O terrorismo em Cabo Delgado já provocou milhares de deslocadosFoto: Bernardo Jequete/DW

Zonas afetadas pela tempestade "Filipo"

Além do terrorismo em Cabo Delgado, a passagem, há pouco mais de uma semana, da tempestade "Filipo", sobretudo no sul de Moçambique, afetou os trabalhos das brigadas em distritos do sul do país.

"A tempestade deixou rastros de destruição nos distritos de Vilankulo, Mabotote, Funhaloro, Massinga e Homoíne [ todas na província de Inhambane] e também nas cidades de Inhambane e Maxixe. Face a esta situação, haverá necessidade de reformulação dos planos logísticos", frisou Lucas José.

No dia 15, arrancou o recenseamento eleitoral, que vai decorrer até 28 de abril em Moçambique e a partir de 30 de março e até 28 de abril no estrangeiro, num processo que vai custar quase 20 mil milhões meticais (288 milhões de euros), segundo os últimos dados avançados pela Comissão Nacional Eleições (CNE).

Tempestade "Filipo" deixou rasto de destruição no sul de Moçambique
Tempestade "Filipo" deixou rasto de destruição no sul de MoçambiqueFoto: Romeu da Silva/DW

Recenseamento eleitoral

O órgão eleitoral espera inscrever mais de sete milhões de pessoas este ano, num processo que conta com, entre outros, 9.165 postos de recenseamento e 6.330 brigadas.

Segundo o STAE, até ao momento, pelo menos 943.731 eleitores estão inscritos em todo o país.

Moçambique realiza eleições gerais em 09 de outubro deste ano, incluindo presidenciais, às quais já não pode concorrer o atual chefe de Estado e líder da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO, no poder), Filipe Nyusi, por ter atingido o limite constitucional de dois mandatos.

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