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Biden diz que a NATO não se cansa e "ditador" Putin perderá

gcs | com agências
21 de fevereiro de 2023

Presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou novas sanções contra a Rússia quase um ano depois do início da invasão da Ucrânia. Líder russo, Vladimir Putin, congelou acordo nuclear.

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Presidente norte-americano, Joe Biden
Foto: Michal Dyjuk/AP/picture alliance

"A Ucrânia nunca será uma vitória para a Rússia, nunca." Palavras firmes do Presidente norte-americano, Joe Biden, de visita à Polónia. Com um aviso: Biden lembrou que qualquer agressão contra um membro da NATO equivalerá a um ataque ao conjunto dos membros da organização e disse que os Estados Unidos e os parceiros não vacilarão no apoio à Ucrânia.

"A NATO não será dividida e não nos vamos cansar. O desejo cobarde do Presidente Putin por poder e terras vai falhar, e o amor do povo ucraniano pelo seu país prevalecerá", afirmou o chefe de Estado norte-americano durante um discurso na capital polaca, Varsóvia.

A Polónia tem acolhido centenas de milhares de refugiados ucranianos e é a principal rota usada para fornecer armas a Kiev.

Mais sanções contra a Rússia

Perante milhares de pessoas que o escutavam em frente ao Castelo Real de Varsóvia, Joe Biden lançou várias farpas ao Presidente russo, Vladimir Putin: "Um ditador empenhado em reconstruir um império nunca será capaz de extinguir a paixão de um povo pela liberdade", afirmou Biden.

"Os apetites do autocrata não podem ser apaziguados. Devem ser contrariados. Os autocratas só entendem uma palavra: não, não, não." Biden prometeu, por isso, um novo pacote de sanções contra a Rússia, que deverá ser detalhado ainda esta semana.

A nova ameaça nuclear de Putin

Mais cedo, o Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que a Rússia suspendeu a sua participação no tratado sobre armas ofensivas estratégicas, o único tratado com os EUA que resta para o controlo das armas nucleares. Limita cada país a 1.550 ogivas nucleares.

Presidente russo, Vladimir Putin
Vladimir Putin falou à nação esta terça-feira, quase um ano depois do início da invasão russa da Ucrânia, a que o Kremlin chama de "operação militar especial"Foto: Adrien Fillon/Zuma/IMAGO

Putin disse que a culpa é dos Estados Unidos e dos seus aliados da NATO: "Querem infligir-nos uma derrota estratégica e tentar chegar às nossas instalações nucleares", justificou o líder russo num discurso sobre o estado da nação, esta terça-feira (21.02).

Por outro lado, Putin deixou outro alerta: Se os Estados Unidos realizarem testes de armas nucleares, a Rússia fará o mesmo.

"Os prazos de validade de certas armas nucleares norte-americanas estão a acabar. E sabemos que há alguns políticos em Washington que pensam na possibilidade de testes com armas nucleares", explicou. "Nesse caso, [é preciso] garantir que estamos prontos para testar as armas nucleares russas. É claro que não seremos os primeiros a fazê-lo. Mas se os Estados Unidos fizerem testes, nós também faremos."

A verificar-se, seria o fim de uma regra em vigor desde a Guerra Fria, que proíbe testes de armas nucleares.

A "guerra imperialista" da Rússia

A NATO refere, porém, que foi Vladimir Putin quem começou tudo.

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O secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, lembrou hoje que foi o Presidente russo que lançou há quase um ano uma "guerra ilegal contra um vizinho pacífico", a Ucrânia.

"Foi o Presidente Putin que começou esta guerra imperialista de conquista. É Putin que quer agravar o conflito", disse Stoltenberg. "Um ano depois, não vemos sinais de que o Presidente Putin se prepara para a paz. Pelo contrário, como ele deixou hoje claro, ele é que está a preparar-se para mais guerra."

Os aliados garantem que vão estar bastante atentos aos próximos passos da Rússia. Ao mesmo tempo, dizem estar "cada vez mais preocupados com a possibilidade de a China planear apoio militar" para a invasão russa da Ucrânia.